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Entendendo o Processamento Auditivo Central (PAC)

Atualizado: 14 de set. de 2020


O processamento auditivo é todo o caminho desde que o som entra na orelha externa, até o momento em que ele recebe significado no Córtex Cerebral. A dificuldade não está no quanto o paciente escuta, mas sim no que ele faz com som ouvido.

A queixa principal dos pacientes com déficit de Processamento Auditivo Central está relacionada a queixas de dificuldade no acompanhamento escolar ou ambientes de trabalho; porém ao investigar junto a família, notam-se outras características:

  1. O paciente constantemente usa “Ahn?”, solicitando repetição da informação

  2. Há dificuldade de ouvir e entender em ambientes ruidosos, e em conversa com vários interlocutores

  3. Há dificuldade para cumprir ordens com mais de uma informação

  4. Ao reproduzir músicas ou textos, há distorção na compreensão e/ou trocas por palavras de mesma sonoridade

  5. Há falhas de atenção e memória

  6. O padrão de resposta de comportamento muda de um instante para outro, geralmente com piora de respostas

  7. Entende as ordens ou frases ao “pé da letra”, apresentando dificuldade para compreender piadas, provérbios, abstrações

A Função da terapia

A Terapia do PAC promove mudanças no substrato neural do Sistema Nervoso Auditivo Central (SNAC), contando com a plasticidade cerebral do indivíduo.

Na terapia, a Fonoaudióloga, após mapear a dificuldade do paciente, organiza a reabilitação com exercícios verbais e não verbais, dentro e/ou fora da cabine acústica.

Os exercícios são realizados em consultório, pelo menos uma vez por semana, e cada sessão tem duração de 30 a 45 minutos.

São abordados os seguintes aspectos:

  • Trabalho com consciência fonológica, fechamento e figura-fundo auditivo

  • Refraseamento e repetição da informação

  • Criação de estratégias que envolvam transferências inter-hemisféricas de conteúdos não verbais em conteúdos verbais

  • Tarefas que envolvam reconhecimento e sequencialização temporal

  • Trabalho com atenção sustentada

  • Trabalho com memória operante e remota

  • Tarefas de nomeação, fluência e resgate verbal, expressões faciais, corporais e gestos

Quando abordados adequadamente, os indivíduos com este distúrbio conseguem recuperar o atraso e atuar com independência dentro dos parâmetros de normalidade.


Maria Carolina Padilha de Oliveira

Fonoaudióloga - Universidade São Camilo Especialização em Psicopedagogia pela Universidade Sant'anna

Aprimoramento em Processamento Auditivo Central: Avaliação e diagnóstico diferencial.

Aprimoramento em Neuropsicologia do Desenvolvimento

Aprimoramento em Problemas de leitura e escrita.

Aprimoramento em Oficina para Distúrbios de Aprendizagem e Disleixa.

Realização de diagnóstico e terapia da comunicação oral e escrita, voz e audição.

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